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Hetfield relembra o guitarrista Jeff Hanneman

   18 de Maio de 2013     tags: hetfield, slayer      Comentários



A edição de Julho da revista Decibel conta com um tributo de nove páginas ao guitarrista do Slayer, Jeff Hanneman, na forma de uma retrospectiva, algumas citações mais polêmicas de Hanneman, e lembranças do Exodus, Philip Anselmo (Down, Pantera), At the Gates, Testament, Cannibal Corpse e muitos outros, incluindo o guitarrista/vocalista do Metallica, James Hetfield.

"Eu sou grato por ter estado no mesmo tempo de vida do Jeff", disse Hetfield. "Nós compartilhamos chãos comuns. Sermos crianças tímidas que encontramos a música para falar por nós. Também sou grato por termos compartilhado o palco nas celebrações do 'Big Four'. Ironicamente, um dos melhores riffs do metal, 'Angel of Death', o levou para um lugar ainda melhor. Com amor e respeito em nossos corações, descanse em paz, Jeff Hanneman."

Hanneman faleceu em 2 de Maio aos 49 anos.

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A história do thrash metal contada pelos próprios músicos

   23 de Fevereiro de 2012     tags: entrevistas, ulrich, hetfield, hammett, slayer, exodus, testament, anthrax, megadeth      Comentários



Matéria publicada na Classic Rock 166, de dezembro de 2011, tradução por Ricardo Seelig

Estamos em 1985, quase 1986. O disco mais falado em todo o mundo é Born in the USA, de Bruce Springsteen. As paradas americanas estão dominadas por artistas que participaram do Live Aid alguns meses antes. A MTV tem apenas quatro anos de vida, e ainda faltam 15 meses para que o primeiro programa focado exclusivamente em um gênero musical faça a sua estreia na emissora – no caso, o Headbanger's Ball. As bandas de rock que tocam no canal incluem nomes como Ratt, Ozzy Osbourne, Def Leppard e Judas Priest. O maior nome de Los Angeles é o Mötley Crüe, líder de uma nova onda glam que levou ídolos veteranos como Ozzy e Scorpions a usar cabelos armados e delineador nos olhos.

Fora de tudo isso, algo estava acontecendo. Filho indisciplinado do heavy metal e do punk, o thrash metal passou os três anos anteriores nas mãos de um punhado de músicos da Bay Area de San Francisco, com pequenas cenas também em Los Angeles e Nova York. As bandas chaves da cena – o Metallica de San Francisco, Slayer e Megadeth de Los Angeles e o Anthrax de Nova York – haviam lançado álbuns que foram recebidos com entusiasmo por aqueles que as conheciam.

A cena era baseada em alguns selos independentes: Metal Blade e Magaforce na Califórnia e Music for Nations no Reino Unido. Por três anos, eles se mantiveram sem qualquer interferência das grandes gravadoras.

Mas tudo estava prestes a mudar. O Metallica, a mais celebrada e elogiada banda do movimento, assinou com a Elektra em 1985, e os outros grupos viam o progresso do quarteto com um mixto de admiração e inveja. No final do ano, as comportas se abriram e o thrash metal chegou com tudo ao mainstream.

Brian Slagel (fundador da Metal Blade) – A cena thrash era muito pequena. Nos Estados Unidos, todas as bandas conheciam umas às outras. Eu acho que, naquela época, todos estavam nessa apenas pelo amor à música, com uma mentalidade bem “nós-contra-o-mundo”.

Lars Ulrich (Metallica) – Você enviava cinco fitas demo para as pessoas, e uma semana depois milhares de garotos tinham uma cópia. Era como fogo se espalhando!

Brian Slagel – Acho que, hoje em dia, é fácil dizer que aquelas bandas se tornariam o Big Four, mas, na época, se você perguntasse para qualquer um qual seria o grupo que iria estourar, todos respoderiam Armoured Saint. Mas, no final, as coisas não aconteceram da maneira que imaginávamos.

Lars Ulrich – Você poderia facilmente argumentar que eu e James, naquela época, éramos meio conservadores por andar sempre com camisetas do Motörhead e do Iron Maiden, batendo cabeça e balançando nossos longos cabelos.

Harald Oimoen (fotógrafo) – Dave Mustaine, é claro, estava extremamente chateado por ter sido demitido do Metallica e se afogava em álcool e drogas. Eu estava mais do que satisfeito em saciá-lo. Lars e Dave ainda saíam regularmente e isso passou despercebido pela mídia, mas Mustaine acabou com qualquer possibilidade de voltar ao Metallica ao aproveitar qualquer oportunidade que tinha para falar mal da banda.

Eric Peterson (Testament) – Paul Baloff era o ídolo da Bay Area por causa da sua personalidade. Ele tinha um lobo de verdade! Ele ia para os clubes com o seu lobo, levava o animal junto para todos os lugares. Ele tinha patas peludas como uma barba. Baloff dava algumas ordens e o bicho rosnava pra você!

Gary Holt (Exodus) – O lobo se chamava By-Tor. Paul tinha um magnetismo sobre o público semelhante ao do pastor Jim Jones. Se ele mandasse as pessoas beberem um xarope colorido, elas bebiam! Ele tinha uma espécie de liderança distorcida.

Brian Slagel – O Slayer era uma banda interessante porque eles não eram necessariamente bons amigos. Quando estavam juntos era magia pura, mas eles não saíam muito um com o outro.

Tom Araya (Slayer) – A cena era muito maior na Europa. Tocamos no festival Heavy Sounds, na Bélgica, para um público de 15 mil pessoas. Quando voltamos, continuávamos tocando para 300 a 400 pessoas nos clubes americanos.

Gem Howard (Music for Nations) – O Metallica conquistou a Europa antes de conquistar a América. Quando a Q-Prime assumiu (a Q-Prime é a empresa que gerencia a carreira do grupo), a banda era um sucesso no Velho Mundo, mas ainda não havia vingado nos Estados Unidos.

Em 27 de dezembro de 1985, em uma Copenhagen coberta de neve, o Metallica dava os toques finais em seu terceiro álbum, Master of Puppets. Eles estavam na Dinamarca há quatro meses, passando o tempo entre Sweet Silence Studio, onde haviam gravado o disco anterior, Ride the Lightning, e dividindo quartos no Scandinavia Hotel. As fitas masters foram enviadas para Los Angeles para serem mixadas por Michael Wagener, que havia trabalhado anteriormente com o Mötley Crüe e o Poison. Eles não sabiam, mas nos próximos 12 meses tudo mudaria não só para o Metallica, mas para o próprio estilo que eles ajudaram a criar.

James Hetfield (Metallica) – As faixas de Master of Puppets me lembram um Metallica inocente. Não estúpido, mas ainda não marcado e arruinado pela fama. A honestidade e a inocência estavam presentes no estúdio, ainda tínhamos aquele fogo. Só havia o Metallica em nossas mentes. Na minha opinião, Master of Puppets era tudo o que nós queríamos ser.

Kirk Hammett (Metallica) – Eu poderia dizer que percebemos que o que estava nascendo iria fazer história. Cada música que surgia era realmente incrível. Tudo o que nós escrevíamos, nós gostávamos. Era meio “Meu Deus, isso é ótimo!”, saca?

Lars Ulrich – Nos apoiamos uns nos outros quando a comunidade thrash nos acusou de vendidos por causa das partes acústicas e tudo mais. Mas nós fizemos aquilo porque era verdadeiro, era a nossa verdade.

Gem Howard – Nós tivemos todas as quatro bandas do Big Four ao mesmo tempo na Music for Nations. Licenciamos o Slayer para o Reino Unido, tínhamos os dois primeiros discos do Anthrax, os três primeiros do Metallica e o debut do Megadeth. O Metallica era a mais forte de todas, sem dúvida.

Charlie Benante (Anthrax) – Master of Puppets colocou tudo em um nível mais alto, isso é certo.

Brian Slagel – O disco era incrível. Honestamente, eu não era um grande fã de Kill 'Em All, mas Ride the Lightning era excelente e, quando lançaram Master of Puppets, eles fizeram melhor ainda!

Eric Peterson – O disco tinha uma produção muito melhor, tudo soava de forma limpa e clara. Qualquer um ficaria orgulhoso de compor algo como “(Welcome Home) Sanitarium”. Era uma faixa espetacular, que todo mundo adorava! O Metallica se transformou em nossa grande esperança. Era algo como “saca só essa produção, eles soam tão bem quanto qualquer disco do Rainbow”. Master of Puppets é um grande clássico, e foi muito inspirador para nós.

Gary Holt – Na primeira vez que ouvi “Battery”, foi algo como “isso é incrível”!

James Hetfield – Há uma inocência nisso tudo, meio que “fodam-se, a atitude ainda está aqui, não fomos influenciados por toda a grandeza do Metallica!”. As canções têm uma energia, uma chama. Mas nós ainda éramos jovens, estávamos crescendo, e aquelas músicas foram ficando cada vez maiores como o passar do tempo.

31 de janeiro de 1986. O Spastik Children, grupo formado por Cliff Burton e James Hetfield (na bateria) mais o vocalista Fred Cotton e o guitarrista James McDaniel, toca em um show no Ruthie's Inn, em San Francisco, local que se transformaria em um ícone da cena thrash da Bay Area.

Eric Peterson – O Ruthie's ficava em uma região muito perigosa da San Pablo Avenue. O camarim era um quarto pequeno atrás do palco. Basicamente você ficava no meio da multidão ou ia para o lado direito quando entrava e tentava atravessar o público. Era tudo muito sujo, na linha dos clubes de blues de antigamente. Tinha que ser meio kamikaze para encarar a bebida que os caras tinham lá.

Gary Holt – Eu e Paul Baloff começamos a moldar o Exodus a partir da nossa própria visão das coisas, que era basicamente ser o mais brutal e violento possível. O público também respondia dessa maneira, e quando o Ruthie's Inn abriu, tudo ficou realmente muito insano!

Eric Peterson – Baloff dizia: “Se tem algum poser lá fora, eu quero ver o seu sangue aqui no palco”. Era como um ritual de sacrifício Maia!

Robb Flynn (Vio-lence, futuro Machine Head) – Em um show do Exodus no Ruthie's Inn, um cara tinha um osso de uma perna de uma vaca, e andava com aquilo para todo o lado, encarando as pessoas …

Lars Ulrich – Eu sei que os nossos colegas ingleses bebiam mais do que nós, mas de certa forma era como se nós bebêssemos ainda mais! Em qualquer lugar dos Estados Unidos você encontra essas garrafas de vodka baratas, e todo mundo andava com uma embaixo do braço.

Eric Peterson – O Metallica sempre vinha assistir os nossos shows. Eu sempre via James e Kirk na plateia. Lembro de James sentado no Ruthie's com seu boné virado para trás. Ele ficava batendo nas mesas com os punhos e gritando “The Haunting”, “The Haunting”!

Gary Holt – O nascimento do thrash violento foi no Ruthie's. Havia figuras como o enorme Toby Haines, que pisava nas cabeças das pessoas. Ele tinha 1,96 metros e era bem pesado. A música “Bonded by Blood” é sobre os shows do Exodus no Ruthie's, onde sempre havia vidros quebrados por todo o palco e as pessoas se cortavam com eles. Os caras pegavam hepatite C e coisas do tipo!

Robb Flynn – Há uma espécie de mito a respeito do thrash, de que tudo era uma diversão saudável e intensa, mas não era bem assim. Havia muito perigo real envolvido, muita violência, não era nada seguro.

Eric Peterson – Ninguém tinha armas, mas havia muitos canivetes. Todo mundo tinha um canivete!

Bob Nalbandian (fundador da revista Headbanger) – Todo mundo acha que o speed metal, ou thrash metal como ficou conhecido depois, se originou em San Francisco, mas é preciso lembrar que três das bandas do Big Four começaram em Los Angeles.

Foi para Los Angeles que Dave Mustaine voltou após ter sido colocado para fora do Metallica devido aos seus excessos com drogas e álcool. Ele canalizou toda a sua fúria no Megadeth, a banda que criou com o baixista Dave Ellefson. A dupla era o Toxic Twins do thrash metal (nos anos setenta, Steven Tyler e Joe Perry, do Aerosmith, ganharam esse apelido devido à quantidade industrial de drogas que utilizavam, em uma alusão ao Glimmer Twins, como eram conhecidos Mick Jagger e Keith Richards, dos Rolling Stones) – junkies que faziam de tudo para conciliar a carreira musical com o vício em heroína (a dupla gastou metade do adiantamento de 8 mil dólares recebido em 1985 para a gravação do seu disco de estreia, Killing is My Business … and Business is Good, em drogas, bebidas e, em dose menor, algum alimento). Apesar disso, havia muita expectativa pelo disco seguinte do grupo, Peace Sells … But Who's Buying?.

Dave Mustaine (Megadeth) – Eu achava o que nós havíamos feito no Metallica muito bom e revigorante. Eu vivia sozinho desde os meus 15 anos. Todo dia eu acordava, tocava guitarra e vendia maconha para sobreviver. A minha vida era assim. Eu estava apto para ter um emprego verdadeiro na indústria da música, convenhamos … Mas como parecia que isso não iria acontecer, eu entrei em um modo de preservação. Foi assim que o Megadeth surgiu, porque eu desenvolvi habilidades de sobrevivência desde que os meus pais haviam se separado.

Dave Ellefson (Megadeth) – Morávamos em Los Angeles, mas nos sentíamos como peixes fora d'água. Havia um submundo ao nosso redor. Nós éramos basicamente sem-teto e ficávamos com qualquer garota que se interessasse por um músico. Vivíamos em minha van ou em nosso local de ensaio. Nosso vício em drogas era um grande problema, e também causava dificuldades financeiras. Nós literalmente descemos para o inferno!

Dave Mustaine – A cidade em que a gente morava, Los Angeles, era muito perigosa. Mas nós também éramos. Muitas dessas brigas entre as bandas glam e de thrash que contam por aí eram realmente perigosas, principalmente por causa da heroína. Os caras do Mötley Crüe desfilavam em carrões enquanto pessoas morriam embaixo de suas rodas. Era uma época bem perigosa …

Dave Ellefson – Dave e eu não tínhamos um plano B, empregos fixos e estudo. Éramos dois sem-teto que viviam juntos. Coisas assim são o DNA de uma grande bandas. É isso que o Megadeth tem.

Dave Mustaine – Havia gente drogada por todos os lados, uns deitados no chão e outros mijando ao redor. Era glamoroso? Nunca! A maneira como gravamos discos hoje em dia é muito mais agradável para mim. Naquela época fomos para o The Music Grinder Studios, que era um lugar bem legal e ficava em um local da moda com um monte de peruas ao redor e um hot dog muito bom por perto. Com um pouco de dinheiro para a comida e para a heroína, tínhamos um bom dia.

Bob Nalbandian – Eu entrevistei Dave Mustaine logo depois que ele saiu, ou foi demitido, do Metallica. Ele era muito convencido e um pouco arrogante, mas de uma maneira positiva. Se você ler essas entrevistas hoje em dia, você verá que ela tinha uma atitude de não se importar com nada e uma determinação total para alcançar o sucesso e ser o melhor no que fazia.

Dave Mustaine – Eu lembro de me apaixonar por Belinda Carlisle, da banda The Go-Go's. Ela veio ao estúdio me ver um dia, e eu tinha acabado de cheirar heroína quando ela bateu na porta. Ela era contra as drogas, e eu estava totalmente perdido. Eu realmente não sei o que aconteceu para eu ter ficado sóbrio. Talvez a gente pudesse ter casado e tido um monte de filhos, eu não sei, mas esse dia foi um dos piores na gravação daquele disco, com uma grande oportunidade balançando na minha frente e eu deixando-a passar.

Lars Ulrich – Quando você ouvia Peace Sells pela primeira vez em 1986, ou se você vai ouvi-lo pela primeira vez hoje em dia, ele continua sendo um grande disco de heavy metal. Nem mais, nem menos. Ele passou pelo teste do tempo.

Dave Mustaine – Deixa eu dizer uma coisa para você: Peace Sells não é apenas um disco, é um estilo de vida. É isso que ele é, tanto para os nossos amigos como para os nossos inimigos.

Em 3 de março de 1986, Master of Puppets desembarcou nas lojas com um adesivo falso de aviso aos pais grudado na capa, em que se lia: “A única faixa que você não vai querer tocar é 'Damage, Inc.', por causa do uso infame da palavra que começa com 'F'. Fora isso, não há quaisquer 'shits', 'fucks', 'pisses', 'cunts', 'motherfuckers' ou 'cocksuckers' em qualquer outra música deste disco”. Três semanas antes, no Kansas Coliseum em Wichita, o Metallica começou uma turnê de cinco meses abrindo para Ozzy Osbourne. Isso impulsionou Master of Puppets para a posição número 29 da Billboard, uma façanha totalmente inconcebível 12 meses antes.

Mick Wall (jornalista) – O Mötley Crüe saiu com Ozzy, e os caras voltaram como estrelas. O Def Leppard saiu com Ozzy, e eles voltaram como estrelas. O Metallica saiu com Ozzy, e eles voltaram como estrelas. Era assim que as coisas funcionavam.

Brian Slagel – Os shows com Ozzy foram a primeira vez em que as bandas de thrash metal romperam as barreiras da cena que vieram.

Ozzy Osbourne – Eu estava caminhando perto do ônibus deles antes do show, ouvi alguém tocando algumas canções antigas do Black Sabbath e pensei que estavam tirando uma comigo. Eles não falavam comigo e sempre mantinham uma certa distância. Eu achava aquilo realmente estranho. Fui até o tour manager e perguntei: “Isso é uma piada ou algo do tipo?”. E ele respondeu: “Não, eles pensam que você é um deus!”.

Lars Ulrich – Essa foi a primeira vez que nós saímos de nossa região. Foi a primeira vez em que aparecemos no radar do mainstream.

Gary Holt – Os caras do Metallica eram todos meus amigos, então eu estava muito feliz com tudo o que estava acontecendo com eles. Desde que eles gravaram Ride the Lightning nós sabíamos que algo iria acontecer com a banda. E quando eles fizeram Master of Puppets ficou claro que eles eram melhores que qualquer um de nós.

Lars Ulrich – Lembro da última data com Ozzy, em Hampton, na Virginia. Nosso manager, Cliff Burnstein, veio de Nova York para assistir o último show. Ele se sentou no ônibus e disse: “Vocês estão vendendo discos suficientes para comprar muitas casas”. Nós ficamos cinco meses em turnê com Ozzy. Todos no mesmo ônibus, banda e equipe, bebendo 12 horas por dia, vivendo todas as fantasias mais malucas que tínhamos envolvendo garotas e heavy metal. Lembro de Cliff sentado e falando: “Fuuuuuuuuuuuuuuuckkkkk, eu posso comprar uma casa!”. O resto de nós não queria comprar uma casa, só queríamos continuar em turnê.

Kirk Hammett – Eu nunca imaginei que faríamos sucesso. Comparando o Metallica com os outros artistas nas paradas, éramos uma laranja podre no meio de um monte de belas maçãs.

Mick Wall – A grande diferença entre o Metallica e o resto era isto: eles tinham um grande disco, mas também tinham Lars Ulrich e Peter Mensch e Cliff Burstein, da Q Prime. Eles sabiam que não iriam tocar na MTV, então foram hábeis ao declarar “nós não vamos gravar nenhum clipe”. Ao mesmo tempo, Lars estava negocionando com Michael Alago, o chefão do selo A&R da Elektra, além de promotores e todo tipo de gente assim. Eles eram a base e a corporação ao mesmo tempo. Lars era um cara que poderia fazer carreira na indústria da música como executivo. Essa era a diferença.

Charlie Benante – Naquele tempo, o Headbanger's Ball estava começando na MTV. Eles mijavam em você durante uma hora e, se você tivesse sorte, via um vídeo do Bon Jovi ou do Poison. Era assim que funcionava, mas as coisas estavam mundando.

Graças a Master of Puppets, o thrash metal havia chegado ao mainstream. Outras bandas foram contratadas por grandes gravadoras depois do Metallica. Uma delas foi o Slayer, que trabalhava em seu terceiro álbum, Reign in Blood, enquanto o Metallica estava na estrada com Ozzy.

Brian Slagel – Havia uma competição entre as bandas para ver quem tocava mais rápido. Era por isso que elas eram classificadas de speed metal antes do surgir o termo thrash metal. O Slayer queria ser a banda mais rápida e pesada de todas.

Tom Araya – Nós tínhamos algo de black metal vindo do Venom, e isso nos colocou em outro nível. A ideia por trás de Reign in Blood era não fazer outro álbum lento como Hell Awaits, mas sim um disco rápido com canções curtas. Esse era o nosso objetivo.

Kerry King (Slayer) – O que eu lembro de quando compus essas canções? Não faço a menor ideia, cara …

Brian Slagel – Alguém me falou que Rick Rubin estava interessado no Slayer, e eu pensei: “Ok, isso é interessante. Def Jam, um selo de rap ...” Fui encontrá-lo, e Rubin era, definitivamente, muito mais headbanger do que eu imaginava. Ele realmente desejava o Slayer, e foi mais agressivo que qualquer outro que queria ter o grupo.

Tom Araya – O que Rick Rubin trouxe para o processo? O seu ouvido musical. O que aconteceu com Reign in Blood é que, embora ele fosse rápido, você podia ouvir tudo. Esse foi o toque de Midas de Rubin.

Brian Slagel – As demos de Reign in Blood tinham cerca de 34 minutos, mas quando finalizamos o disco ele tinha aproximadamente seis minutos a menos.

Tom Araya – Nós fizemos as mixagens, e eu pensei: “28 minutos?”. Falei para Andy Wallace, que era o engenheiro: “Isso é tudo?”. Ele: “Bem, é isso”. Perguntamos se isso seria um problema para Rick, e ele respondeu: “Bem, um álbum se constitui de 10 faixas, e nós temos 10 faixas”.

Jeff Hanneman (Slayer) – Quando nós finalizamos o disco e vimos a capa, uma pintura do artista Larry Carroll com Satã sendo carregado por homens com ereções, eu soltei um “yeah”! Eu tive a pintura original em minha casa durante anos.

Kerry King – Eu acho a capa legal e demoníaca. Ela não me incomoda em nenhum sentido. E, na boa, eu realmente não me importo com isso.

Tom Araya – Foi preocupante quando a Columbia se recusou a lançar o disco. Isso aconteceu por causa daquela faixa, “Angel of Death”, sobre o médico nazista Joseph Mengele.

Jeff Hanneman – Assisti um documentário que falava como os assuntos que você utiliza para escrever sobre o demônio, e a pesquisa que você faz para isso, faz você perceber o quão doentio o ser humano pode ser.

Kerry King – É assim que as coisas funcionam. Nós não tentamos mostrar quem é bom ou quem é ruim.

Lars Ulrich – Eu acho que o Slayer é a banda mais interessante daquela cena porque eles são os mais extremos. Eles não dão a mínima para ninguém, e por isso são tão legais.

Em 10 de setembro de 1986, no St Davis Hall em Cardiff, no País de Gales, o Metallica iniciou uma tour pela Europa como atração principal, tendo o Anthrax como banda de abertura. No dia 27 de setembro, depois de um show em Estocolmo, eles voltaram para o ônibus da turnê para uma viagem noturna até Copenhagen. Nas primeiras horas da manhã, próximo à cidade de Ljunby, o ônibus derrapou no gelo e capotou para fora da estrada. Cliff Burton foi jogado de seu beliche e atravessou a janela. O ônibus caiu em cima do baixista, tirando sua vida. Pouco antes, Cliff tinha jogado uma moeda com James para decidir quem ficaria com o beliche. Acontecia o primeiro choque de realidade do thrash metal.

Charlie Benante – Nós estávamos viajando na frente. Nos despedimos, e quando chegamos ao local encontramos crianças nos perguntando: “Vocês viram o que aconteceu com o Metallica?”. Eu já havia perdido pessoas na minha família, mas aquilo foi muito estranho.

James Hetfield – Eu vi o ônibus deitado em cima dele. Vi suas pernas esticadas para fora, e surtei! O motorista estava tentando puxar o cobertor que estava com Cliff para dar para outra pessoa. Olhei para ele e gritei: “Não faça isso!”. Eu queria matar aquele cara. Nosso tour manager falou: “Vamos manter a banda unida e voltar para o hotel”. Eu pensei: “A banda? Não existe mais banda, somos apenas três caras”.

Gem Howard – Tinha uma jornalista japonesa chamada Terri Mashizuke. Ela era como uma garotinha de escola, bem pequena. Ela entrou no escritório da Music for Nations em prantos, e a maioria de nós começou a chorar.

Eric Peterson – Nós tínhamos um show com Jonny e Marsha Z, da Megaforce Records. Jonny era muito próximo do Metallica naquela época. Estávamos ensaiando, e Jonny olhava fixamente para o bumbo. Ele estava perdido, e falou: “Cliff morreu na noite passada”. E começou a chorar. Todos nós derramamos algumas lágrimas.

Kirk Hammett – Nos últimos quatro ou cinco meses de sua vida, Cliff começou a tocar bastante guitarra. Ele fazia uns acordes enquanto ouvia música e pedia umas dicas para mim. Lembro que ele amava a maneira como Ed King, do Lynyrd Skynyrd, tocava.

Dave Mustaine – Eu sempre pensei em Cliff como um grande músico. Nós não tivemos a chance de ter qualquer tipo de relacionamento.

Lars Ulrich – Nós ficamos obviamente de luto, mas depois que a raiva começou a passar percebemos que ele não morreu da maneira como as pessoas que estão envolvidas com o rock morrem, geralmente em consequência do uso abusivo de álcool e drogas. Cliff nunca fez isso.

Brian Slagel – Umas quatro semanas depois da morte de Cliff, Lars me ligou e perguntou se eu não tinha um baixista para indicar para a banda. Minha primeira sugestão foi Joey Vera, do Armoured Saint, mas ele não quis sair do grupo. Então eu falei: “Olha, tem uma banda chamada Flotsam and Jetsam, e o baixista é um grande fã do Metallica. Acho que é o cara certo”. O Flotsam era a banda de Jason Newsted, ele compunha tudo lá. Chamei Jason para conversar e disse: “Você está indo de uma banda onde compõe todo o material para uma onde não poderá falar nada. O Metallica é a banda de Lars e James, você será apenas o baixista. Tudo bem para você?”. Depois de um mês, Jason estava no Metallica.

Quando o Metallica retornou aos palcos após a morte de Cliff Burton, o thrash metal havia alcançado o grande público. No topo, junto com eles, estavam o Slayer e o Megadeth, cujos álbuns Reign in Blood e Peace Sells … But Who's Buying? foram lançados com uma distância de apenas três semanas entre um e outro, entre outubro e novembro, pela Def Jam e pela Capitol. Ambos chegaram ao top 100 norte-americano. Os críticos da cena não gostaram nada disso, mas o thrash metal era agora uma realidade. Vinte e cinco anos depois, 1986 parece e soa como um ano lendário. As coisas nunca mais foram as mesmas para qualquer uma das bandas envolvidas.

Brian Slagel – Estão todos maduros e cresceram como músicos, têm mais dinheiro e tempo para fazer as coisas e estão trabalhando com pessoas melhores. Houve uma demanda e uma grande novidade quando essas bandas surgiram, tudo culminando naquele ano.

Gem Howard – Você tem esses períodos no rock. Em 1967-1957 foi o pico do rock and roll. Em 1966-1967 houve o movimento hippie. Em 1976-1977, o punk. E em 1986-1987, tivemos o thrash metal. Este ciclo de dez anos parece ter acabado aqui.

Charlie Benante – Nós fomos da Megaforce para a Island, que era a casa de todo mundo, de U2 a Bob Marley a Anthrax.

Bob Nalbandian – A mentalidade das grandes gravadoras era: “O dinheiro é o que interessa, então vamos sugar todas as bandas que conseguirmos”. E essa foi a razão pela qual, alguns anos mais tarde, elas começaram a assinar com qualquer banda 'thrash', saturando a cena com um monte de merda, que, inevitavelmente, levou ao declínio do thrash metal no final dos anos 80 e durante toda a década de 90.

Dave Ellefson – Estar em uma grande gravadora era manter a porta aberta para os nossos fãs. 1986 foi um grande ponto de virada. A ordem era ser grande, ser diferente. E nós sabíamos que éramos diferentes.

Gary Holt – Metallica, Megadeth, Slayer e Anthrax de longe foram as bandas que mais venderam discos. Às vezes leio coisas do tipo “Exodus, Testament, estas bandas eram seguidoras, por isso não estão no Big Four”. O Exodus fez tudo antes que o Metallica, mas a verdade é que tudo se resume às vendas. Eu não tenho problema com isso. Todos nessas bandas são grandes amigos meus.

Jeff Hanneman – Eu deixei a minha marca no mundo, fiz algo e posso morrer feliz.

James Hetfield – Tem momentos em que eu romantizo tudo o que aconteceu. A vida era muito mais simples naquela época.

Fonte: Whiplash!

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Slayer: Metallica tentou ser cool demais com Lulu

   16 de Fevereiro de 2012     tags: slayer, entrevista, lulu      Comentários

Jenn Selby do The Quietus realizou recentemente uma entrevista com o baixista/vocalista do Slayer, Tom Araya. Alguns trechos da conversa podem ser conferidos abaixo, em que ele fala sobre o controverso disco "Lulu":

The Quietus: O Metallica decidiu ir em uma direção pouco usual recentemente e fez o "Lulu" com Lou Reed. Qual seria o equivalente do Slayer, se vocês tivessem que ir e faze-lo, e tivessem que escolher um artista para faze-lo e que fosse totalmente diferente, quem seria e por que?

Tom: Erm... Eu não posso dizer pela banda inteira, mas exigiria pensar muito, e eu não nos vejo fazendo algo como isso. Eu não consigo nem conceber a idéia de fazer algo como isso, sabe? Lou Reed dentre todas as pessoas, sabe? Ele é tão avant garde, tão fora, tão musicalmente diferente. Ele tem sua própria coisa. Ele tem sua própria forma. E para eles tentarem... Eu não sei, quando eu descobri sobre isso, eu achei que foi um pouco demais.

The Quietus: Você ouviu o álbum?

Tom: Não, eu não ouvi o álbum. Eu não quero. Para mim, é como se fosse, eu odeio dizer isso, mas é tentar demais ser cool.

The Quietus: Lou Reed está se esforçando demais?

Tom: Não, não, não, isto não é nada contra o Lou Reed. Lou Reed é ótimo, eu acho que o que ele faz é maravilhoso, mas é o Metallica tentando ser cool demais. Eles estão tentando ser cool demais. Por que vocês precisam fazer isso? Por que vocês precisam ser tão cool? Isto é com o Metallica, não com Lou Reed. Ele é ótimo... E eles vão odiar se lerem isto, eles vão me odiar por falar isto, mas é só minha opinião pessoal. Eu não preciso nem ouvir o álbum! [Risos]

A entrevista completa pode ser lida, em inglês, clicando aqui.

Fonte (em inglês): Blabbermouth.net

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Kerry King não acredita em mais shows do Big Four

   21 de Dezembro de 2011     tags: big four, slayer      Comentários

Em entrevista concedida à Classic Rock, o guitarrista da banda Slayer, Kerry King, revelou que duvida que haverá mais shows com o Big Four (Metallica, Megadeth, Slayer e Anthrax).

"Em primeiro lugar, se você olhar para o trabalho que foi para fazer tudo isso acontecer, realmente duvido que podemos fazer a mesma coisa novamente", diz King. "Você teve quatro headliners juntas em turnê e organizar isso toma muito tempo."

"Eu sei que todos estão ansiosos para ter a oportunidade de ver o Big Four. Poderíamos continuar fazendo isso por muito tempo. Mas eu sinceramente duvido que possamos ter os horários que tivemos para coincidir a nossa disponibilidade assim novamente", acrescenta o guitarrista.

Fonte: Whiplash!

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Artistas falam sobre quando conheceram o Metallica

   15 de Abril de 2011     tags: guns n' roses, slayer, anthrax, korn, cavalera conspiracy, slipknot      Comentários

Rick Florino da Artist Direct conversou com vários membros da comunidade do metal para discutir sobre quando descobriram o Metallica. Confira abaixo alguns trechos.

Quando você descobriu o Metallica pela primeira vez e o que eles significaram para você?

Slash [Velvet Revolver, Guns N' Roses]:
"Eu descobri o Metallica pela primeira vez quando eles lançaram seu primeiro EP. O Metallica sempre foi uma das minhas bandas de heavy metal favoritas. Eu acho que eles são uma das bandas de metal mais versáteis que surgiu na década de 80. Eles também são uma das mais criativas. Eu acho que James Hetfield é um dos maiores guitarristas de heavy metal que já caminhou na na face da Terra."

Kerry King [Slayer]:
"Eu imagino que foi no The Woodstock em Orange County quando o Dave Mustaine estava na banda. Eu instantaneamente me tornei um fã. Eu não podia acreditar que o Mustaine estavam mandando estes leads incríveis naquela época e sem nem olhar para seus dedos. Eu ainda olho para meus dedos [risos]. Não havia discos então era só assisti-los. Eu acho que o Metallica pode ter estado na compilação do Metal Massacre ou algo assim."

Scott Ian [Anthrax, The Damned Things]:
"Eu estava na verdade na loja de discos do Johnny Z, a Rock'n Roll Heaven, em New Jersey. Ele tocou para mim a demo No Life 'Til Leather, então esta foi a primeira vez que eu ouvi alguma coisa do Metallica. Foi destruidor ouvir pela primeira vez. Uma das sensações mais legais de ouvi-la era simplesmente saber que havia outra banda na costa oeste que tinha o mesmo pensamento. Certamente, nós não soávamos parecidos na época. Só o fato de que eles estavam tocando sua própria música e tinham sua própria coisa rolando era como a gente se sentia sobre o que estávamos fazendo como o Anthrax em Nova Iorque. Não era como se tivéssemos internet na época e você poderia descobrir o que as pessoas estavam fazendo ao redor do mundo. Nós não sabíamos que haviam outras bandas fazendo estas coisas. Era difícil descobrir as coisas naquela época, a não ser que você trocasse fitas ou algo assim. Eu ouvi o Metallica e pensei, 'Estes caras tem a mesma mentalidade que a gente. Nós curtimos obviamente a mesma música'. Foi uma sensação realmente boa, saber que haviam outras pessoas por aí como nós."

Jonathan Davis [Korn]:
"Eu os ouvi pela primeira vez ou no Master of Puppets ou no Ride the Lightning. Eu estava na casa do meu amigo, e este cara veio e disse, 'você precisa ouvir esta merda!'. Eu tinha 14 anos ou algo assim; eu não consigo nem me lembrar quantos anos eu tinha [risos]. Este cara colocou Metallica, e eu fiquei tipo, 'uau, o que diabos é isto?'. Eu só os ouvi naquele momento, e meio que esqueci disso depois. Eu achei que era legal, mas eu genuinamente não os curti de novo até que eles lançaram o álbum preto. Estava na MTV o tempo todo. Eu realmente passei a curtir o Metallica quando eu entrei no Korn, no entanto. Eu amo tocar 'One'. Foi legal toca-la para eles no especial MTV Icon. Eles são uma das minhas bandas favoritas. Eu os admiro. Eles estão fazendo isso por tanto tempo. Esta é verdadeiramente a banda que eu admiro - eles e o Ozzy Osbourne. Nós também fizemos uma turnê com o Metallica; é maravilhoso!"

Corey Tayler [Slipknot, Stone Sour]:
"Na verdade, eu falei sobre quando eu descobri o Metallica em meu livro - The Seven Deadly Sins: Settling the Argument Between Born Bad and Damaged Good. Foi tão importante assim [risos]. Eu me lembro de ouvir o Master of Puppets na casa de um amigo. Aquela linha no final da 'Damage Inc.' - 'Foda-se tudo, sem ressentimentos' - foi aquela que todos os metaleiros esperaram ansiosamentes. Quando saiu, você pula e grita junto. Era incrível. O Metallica sempre será importante para mim!"

Max Cavalera [The Cavalera Conspiracy, Soulfly]:
"Eu cortei meu cabelo para o Ride the Lightning [risos]. É uma história verdadeira. Meu primo estava tentando colocar Iggor e eu no caminho certo. Nós tínhamos cabelo longo naquela época. Ele estava tipo, 'eu vou fazer um acordo com você. Eu te dou um álbum importado e você pode escolher o que quiser, se você cortar o cabelo'. Eu já tinha uma fita cassete do Ride the Lightning e amava. Havia uma versão importada do Ride the Lightning na loja. Eu pensei, 'eu posso conseguir aquela versão se eu cortar meu cabelo! O cabelo voltará a crescer. Em um ano, eu terei cabelo comprido de novo e eu terei um álbum importado! Foda-se!'. Eu saí, cortei meu cabelo, e consegui o Ride the Lightning como um álbum importado em vinil. Eu amei o cheiro do vinil e olhar as fotos na contracapa. Aquela arte azul do álbum era excelente. Ainda é um dos meus discos favoritos do Metallica."

O depoimento de outros artistas e músicos podem ser conferidos, em inglês, clicando aqui.

Fonte (em inglês): Bravewords.com

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Slayer, Megadeth e Anthrax comentam sobre show dos Big Four

   15 de Dezembro de 2009     tags: big four, slayer, anthrax, megadeth      Comentários

Recentemente foi confirmado que Metallica, Slayer, Megadeth e Anthrax dividirão o palco pela primeira vez, durante os shows do Sonisphere na Europa em Junho de 2010.

"Já era hora disso acontecer," diz Kerry King, do Slayer, "e já era hora dos fãs finalmente terem o que eles querem. Isso é incriível."

Scott Ian, guitarrista do Anthrax, concorda, comentando sobre a grandeza do anúncio. "As pessoas tem conversado sobre estas quatro bandas tocando juntas desde 1984," diz o músico. "Isso são vinte e seis anos de expectativa!! E o fato é, eu acredito que não só atenderemos as expectativas como iremos estilhaçá-las! Nunca antes quatro bandas tão influentes como nós quatro já fizeram isso. Imagine se The Beatles, Stones, The Who e Zeppelin já fizeram shows? Ou Sabbath, Priest, Maiden, Motörhead? Bem, posso estar exaltado aqui, mas como fã, é o quão grande eu sinto que isto é."

"Esta é a oportunidade de uma vida para fãs de heavy metal verem as quatro grandes bandas de heavy metal na história americana juntas num palco," conclui Dave Mustaine, líder do Megadeth. "Se sobrar pessoas que não bateram cabeça no final do festival, elas não pertencem a este lugar."

Fonte: Whiplash!

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Lombardo se oferece para ensinar Lars a tocar

   22 de Novembro de 2009     tags: slayer      Comentários

O baterista do Slayer, Dave Lombardo, recentemente concedeu uma entrevista para a revista Rhythm. Confira abaixo um trecho da conversa em que ele fala sobre ensinar Ulrich a tocar bateria:

Rhythm: Ter tocado com o Metallica no Download Festival em 2004 deve ter sido uma experiência e tanto.

Lombardo: “Sim. Mostramos a eles como é que se faz! Não desrespeitando o Lars [Ulrich], pois ele é um cara muito legal, porém ele precisa passar uma semana na minha casa e precisamos sentar e tocar. Eu poderia mostrar a ele — 'Não, Lars, é assim que se faz!'… ‘Vamos nos acalmar, vamos relaxar, tomar um café e tocar!' Hahahahaha!"

Abaixo podem ser conferidos dois vídeos com trechos da apresentação que Dave Lombardo fez ao lado do Metallica, no Download Festival em 2004.



Agradecimentos: RegisMoura
Fonte: Whiplash!

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Turnê conjunta do Metallica, Megadeth, Slayer e Anthrax?

   03 de Setembro de 2009     tags: slayer, big four      Comentários

O guitarrista do Slayer, Kerry King, disse a revista britânica Metal Hammer que ele ouviu boatos de que o baterista do Metallica, Lars Ulrich, está planejando uma turnê que incluiria o Metallica, Megadeth, Slayer e Anthrax.

Se essa turnê se concretizar, esta seria a primeira vez que os chamados "Big Four" do thrash realizariam uma turnê conjunta. Megadeth, Slayer e Anthrax se juntaram ao Alice in Chains para a turnê americana Clash of the Titans em 1991, enquanto o Metallica e o Megadeth dividiram um palco no Reino Unido no Milton Keynes Bowl em 1993.

Em uma entrevista realizada ontem (quarta-feira, 2 de Setembro) em Londres, a Metal Hammer perguntou a Kerry se houve uma tentação de trazer a turnê que o Slayer está prestes a começar com o Megadeth na Austrália e Canadá para as terras britânicas.

"Eu acho que seria legal, mas eu sabia que nós tínhamos isto planejado antes de todas essas coisas do Megadeth começarem a acontecer", disse King. "Eles irão a Austrália com a gente, eles irão para o Canadá de novo com a gente. Eu acho que seria legal para os fãs europeus trazer algo para cá, pois, merda, a gente nem considerou tocar com esses caras desde 1990."

Então seria possível que nós tívessemos uma turnê que incluiria os "Big Four"?

"Eu ouvi pessoas falando do Lars", disse King. "Eu não conheço o Lars tão bem e eu não ouvi do Lars, mas aparentemente ele está falando com alguém sobre isso. Talvez nós, o Metallica, Megadeth e, eu acho que ele até incluiu o Anthrax, e eu digo isso hoje e agora, eu sei que nós tívemos esse tempo juntos, mas como vocês deixam de fora o Machine Head? Há opções melhores que o Anthrax e nada contra o Anthrax, mas eles estão em pedaços já há algum tempo e isso não faz muito sentido para mim".

Fonte (em inglês): Blabbermouth.net

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Slayer: "Ficaria surpreso se nos juntassemos ao Metallica no Hall of Fame"

   26 de Março de 2009     tags: slayer, vídeos      Comentários

A Artisan News Service falou recentemente com o guitarrista do Slayer, Kerry King, para descobrir se ele já imaginou sua banda entrando no Rock and Roll Hall of Fame. "Só porque... O Metallica não entrou neste ano ou ano passado ou algo assim? E eu sou meio que, ah sim, eles tiveram experiência e experimentaram um ângulo mais pop, então eu definitivamente posso vê-los lá", disse ele. "Se nossa hora vier e as pessoas falarem, 'você vai entrar no Rock and Roll Hall of Fame', eu ficarei surpreso se isso acontecer pois somos anti-tudo."

Confira o vídeo de Kerry King falando sobre uma possível entrada no Rock and Roll Hall of Fame clicando aqui.

Fonte (em inglês): Blabbermouth.net

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Slayer: "o Metallica tem que fazer um disco melhor!"

   19 de Fevereiro de 2009     tags: slayer, death magnetic      Comentários

A Revista semanal inglesa Kerrang!, em sua edição 1237, de novembro passado, intermediou perguntas entre os fãs e leitores da revista com Tom Araya e Kerry King, baixista/ vocalista e guitarrista, respectivamente, do Slayer. Os fãs tiveram liberdade total para elaborar o conteúdo das perguntas, e as questões foram escolhidas via sorteio. Segue abaixo a parte da entrevista em que Araya e King comentam sobre o Metallica.

Se vocês fossem chamados para fazer uma turnê mundial com o Metallica, Anthrax e Megadeth como parte de uma turnê de nostalgia dos quatro grandes do thrash metal, vocês fariam?

Kerry: “A gente teria que estabelecer algumas coisas, mas pra ser honesto eu não acho que o Metallica entraria nessa. Eles não precisam de bandas como nós. Eles precisam de bandas pelas quais não precisam pagar muito dinheiro. Eles estão acostumados a ficar com todo o lucro sem precisar dividi-lo”.

Tom: “O Metallica tem que fazer um disco melhor! Se eles fizerem isso, então talvez saiamos em turnê com eles.”

O restante da entrevista pode ser lido clicando aqui.

Fonte: Whiplash!

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