Confira abaixo o depoimento que Daniel Gaz nos enviou, compartilhando a experiência que teve em assistir do palco a apresentação que o Metallica realizou no último dia 19 de Setembro, no Rock in Rio:
Bem, vamos direto ao assunto e depois eu melhor me apresento!
Nós, os sorteados e acompanhantes dos fãs sorteados, recebemos uma pulseira amarela "2015 Summer stage access" que liberava ao palco. Eu pessoalmente recebi da organização do evento Rock In Rio (conhecido meu) e acabei me encontrando com os fãs atrás do palco em uma longa fila de pessoas para entrar no palco. Parece que tinham ali cerca de 120 convidados!

Ficamos em torno de 40 minutos sentados um atrás do outro em fila, aguardando as primeiras instruções dos seguranças enquanto acabava o show do Mötley Crüe. Um segurança da banda veio até nós com um discurso de terror, que não poderíamos tocar nos integrantes, sair do local, beber água, ir no banheiro, fazer discurso político, etc. Mas na verdade o que me intrigou foi que ninguém foi revistado. Mas no geral eram cordiais. Mas, bem, a galera ansiosa na fila e admito que foi um momento super bacana, pois todos ali eram loucos pelo Metallica assim como eu, e fizemos amizade rapidamente.
Chega então a hora de subir as escadas ao palco. Sim, mesma entrada que os integrantes. E o terror rolou mais um pouco com 3 novas passagens de revistas das pulseiras amarelas. E entramos no palco sendo orientados pelo segurança americano da banda. Não deu para escolher muito o lugar no palco que ficaríamos, pois eles iam posicionando a gente na ordem da fila que estávamos.
Eu fiquei na frente, ao lado esquerdo da bateriaa, e sempre atrás do James (para quem está vendo da tv). E então a gente tem a primeira sensação de tocar no palco e ver os roadies trabalhando numa correria absurda. Achei tenso ali.
Começa então a abertura com "Ecstasy of Gold". E sim, meu coração que estava há 2 semanas ansioso dispara e começo a chorar. Não aguentei. Puta que pariu! Em questão de 2 minutos vou realizar talvez o maior sonho da minha vida.
E então você escuta o coro da galera da pista, em alto e bom som, e já saca quão bom vai ser este show e o público ali.
Me aparece o Robert ao nosso lado, dá uma olhada para nós e entra no palco seguido do James, com Fuel.

Ahhhh, como foi lindo ver a galera na pista pulando, e aquele som extremamente alto da bateria do Lars e guitarra da James. Ah, o som ali é excelente, porém a prioridade da guitarra era do James e mal escutamos os solos do mestre Kirk. E eu, como bom guitarrista solo, senti muita falta de escutar solos. Mas por outro lado achei muito louco escutar o show pelos ouvidos do James. Incrível!
Bem, eu me descontrolei no palco de uma maneira que fui chamado atenção pelo segurança [risos]. Em Battery, dá para ver um maluco atrás do James pirando. Sou eu! O segurança pediu educadamente para eu não pular mais. Mas, cá entre nós, eu estava já uns 10 minutos pulando e ensopado. Até precisava respirar [risos].
Vale ainda contar que o James interagiu conosco toda hora e parecia um tanto cansado, suado e feliz. Claro que a interrupção do som em "Ride the Lightning" quebrou um pouco o clima dele.
Detalhe que eles nunca saem do palco totalmente. Sempre ficaram ao lado do palco, onde o James trocava de camiseta a cada 4 músicas e tomava um líquido que parecia chá mate.
Numa destas trocas de roupa ele tira a munhequeira dele e joga para nós. SIM, EU PEGUEI!!! E coloquei no braço imediatamente. Podia estar mais feliz?
Olha, se eu era fã do James, agora sou ainda mais. Ele tem uma energia contagiante e uma presença indescritível. Já o Lars foi bem chatāo e apenas olhava para gente tentando se comunicar, mas nada parecia agradar ele. Eu pedi muito um gole daquele sempre misterioso copo de bebida e continuo sem saber o que ele bebe.
Ahh, e o gente finíssima do Robert? Cara show demais. Interagiu bem conosco e deu um "toquinho" em mim logo nas primeiras músicas. Bem, não demoraria muito para o James fazer duas vezes este contato comigo (este filmado pelo meu novo amigo Diego, também fãzaço que ficou o show todo ao meu lado com sua namorada).
Em relação ao palco que estávamos, ele tinha pedaços bem espremidos nesta primeira fila e mais dois degraus acima de nós, bem mais tranquilos de espaço. Até uma grávida estava lá! E todo tempo seguranças de ambos os lados observando cada movimento nosso. Mas nenhum incidente aconteceu.
Bem, e o Kirk? Ele não veio até nós, mas deu várias olhadas, risadas e um balançar da cabeça curtindo conosco. Quem ficou do lado dele foi prestigiado umas duas vezes em tocar na guitarra dele. Toooop!

Para terminar acho que vale comentar que o James e o Robert, ao final, nos trouxeram muitas e muitas palhetas. Deram parte na mão de cada um (eu peguei umas dez ou mais) e parte jogaram para o alto. Teve ainda as bolas pretas (Enter Sandman), que foram tranquilas para pegarmos (peguei duas e dei uma para o Diego e outra para um fã atrás de mim).

E então que o Lars tenta se comunicar e zoa conosco, que não parávamos de gritar o nome dele. Mas não toca em ninguém e vai para frente do palco com os demais fazer o agradecimento final.
Os integrantes saem do palco e os seguranças seguram a gente por mais uns 3 minutos lá. Descemos então por trás do palco e saímos na pista normal do festival.

Acabou! Que experiência foi esta? Parece que levou menos de 1 hora. Mas foi tão especial como imaginava. Sou um eterno fã destes caras e grato. Metallica vocês são do caralhooooo. Muito obrigado!
E quem sou eu? Bem, agora vou contar a vocês, me chamo Daniel, 38 anos, sou um fanático pelo Metallica desde 1990 e sigo cada passo da banda. Já peguei até 1 show fora do Brasil, em 2007, em Bruxelas. Tive mais de 10 anos de banda cover "Metallica Frantic" e fui em todos os shows deles no Brasil, exceto o de 89. Faço parte do Metclub desde 95 e nunca fui sorteado no meet-and-greet!
Ele também disponibilizou alguns vídeos no YouTube, que gravou enquanto estava no palco. Para assistí-los, clique aqui.
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