
O frontman do Metallica, James Hetfield, foi entrevistado em uma recente edição do programa "Sixx Sense", apresentado pelo baixista Nikki Sixx do Mötley Crüe e Sixx:A.M. O áudio da conversa pode ser ouvido clicando aqui, e alguns trechos traduzidos podem ser conferidos abaixo.
Sobre não dar muita atenção a opinião de outras pessoas sobre a música do Metallica:
Hetfield: "Eu preciso te dizer, tem sido sempre assim para gente. Nós só queremos escrever música que gostamos de ouvir. É simples assim. E nós temos muitas pessoas que se sentem da mesma forma, por alguma razão. Ainda me espanta que as pessoas... Tem crianças de seis anos por aí cantando 'Master! Master!'. É, tipo, 'tem certeza? Você realmente gosta disso? Uau! Tá certo.' Mas nós escrevemos músicas que gostamos de ouvir, e temos sorte de ter algumas pessoas que também gostam de ouvir isso."
Sobre fazer turnê:
Hetfield: "É bom ser desejado e requisitado. Eu amo isso com certeza, mas eu amaria poder tocar em todos os lugares possíveis. Mas em relação a minha sanidade e meu corpo e saúde, e meu corpo e espírito, nós temos que nos cuidar. Nós queremos ser o mais potente e afiado possíveis, então fazer turnê... Sabe, será mais curto e mais esperto e mais potente, é o que buscamos. Sabe, nesta nossa idade... Onde estamos atualmente, não tocaremos em qualquer quintal. Então será um pouco mais seletivo, mas estaremos por aí o máximo que pudermos. Então espero que as pessoas viajem e aproveitem o pacote completo que vem com isso. Mas nós vamos tocar quando e onde pudermos. Vou te dizer, esta é a parte mais legal de estar em uma banda - tocar ao vivo. Não são as outras 22 horas por aí - são as duas horas no palco - e isso é ouro para mim. E nós nos importamos com isso, e é precioso para gente. Então nós amamos isso, e essa é uma das principais inspirações em estar em uma banda."
Sobre o intervalo de oito anos entre o "Death Magnetic" de 2008 e o "Hardwired... To Self-Destruct" deste ano:
Hetfield: "O que diabos estávamos fazendo? Deus, eu acho que a vida estava acontecendo. Sabe, o Metallica nunca é rápido. Nós estamos no tempo do Metallica. E temos muito orgulho do que lançamos, e ao contrário da crença popular, nós tentamos e lançamos o que for melhor, e o melhor que conseguimos fazer, e as vezes isso demora um tempo, e algumas vezes não. Mas, sabe, outras vidas estavam acontecendo. Você tenta e faz o seu melhor com tudo isso, e você tem vida, você tem filhos, e você tem todas essas outras coisas rolando, e você faz isso funcionar. E você precisa ter um bom equilíbrio. E vou te dizer, a vida é ótima, a vida é bonita se eu estou com a mentalidade certa, e este álbum está saindo exatamente no momento certo. Deveria ser agora, e estamos gratos de podermos lança-lo. E agradeço por ainda existir uma antecipação por ele, pois estou bem animado para que as pessoas ouçam."
Sobre o "Hardwired... To Self-Destruct" ser um disco duplo:
Hetfield: "Há 12 músicas, e elas não tem todas três minutos e meio como a 'Hardwired'. Mas há algumas coisas longas e alguma coisas curtas e algumas médias. Sabe, o Metallica é diverso, e eu amo isso. Eu acho que o tempo máximo é 75 ou 80 minutos, e então a qualidade do som começa a sofrer, no vinil especialmente. E eu acho que em relação ao CD, há um máximo nele também. E nós queremos que soe bom, digo, no final, e nós temos um monte de músicas que amamos. Então isso tinha que acontecer. Pelo custo extra de torná-lo duplo, acho que vale a pena."
Sobre encontrar com fãs em público:
Hetfield: "Eu realmente costumava fizer paranoico de que deixaria alguém irritado. Eu costumava ficar tão preocupado de que se eu falasse 'Não, meus filhos estão aqui e eu estou curtindo um momento família', eles virariam e diriam, 'você é um idiota. Mas que estrela de rock'. Eu me preocupava tanto com isso. Mas vou te dizer, quanto mais eu digo que não é uma boa hora, que eu não tiro fotos, que eu não autografo, eu vou apertar sua mão e falarei com você por cinco minutos. Eu prefiro fazer isso e deixar esse tipo de impressão do que alguém simplesmente roubando um pequeno pedaço de sua privacidade. Eu não acho isso produtivo para mim e me deixa de mau humor. E então eu começo a me sentir ressentido e eu não quero nem falar com as pessoas. Então prefiro falar com elas como uma pessoa ao invés de algum tipo de ídolo."
Fonte (em inglês): Blabbermouth.net
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