Lars Ulrich, baterista e fundador do Metallica, declarou em entrevista à revista americana “Rolling Stone” que dar material da banda de graça não é um problema. “A internet também não”, acrescentou o músico. “Toda aquela polêmica com o Napster não teve nada a ver com dinheiro, e sim com controle.”
Em 2.000, o grupo processou o site de compartilhamento por ter disponibilizado os discos do Metallica de graça sem autorização. “De cada dez pessoas, nove pensam que foi uma questão financeira”, diz o artista, que acaba de lançar “Death magnetic”. O álbum está em primeiro lugar nas paradas pela segunda semana.
“Em 1983, nós comíamos saladas de US$ 2,99 no Burger King. Depois, dinheiro passou a não ser mais um problema. Não tenho conexão emocional com isso. Mas acabei me tornando o dinamarquês ganacioso por causa dessa história.”
Segundo o baterista, a internet não é um problema para a banda. “Quem decide isso? Nós. Vou dar músicas de graça, mas eu escolho quando, onde e como.”
Ulrich relembrou a época do lançamento de “Kill ‘em all”, no início dos anos 80. “Quando terminamos a turnê, não tínhamos um tostão. Pela primeira vez em um ano, tive de ligar para a minha mãe e pedir uma ajuda para o aluguel.”
“O mais importante era ter shows marcados, porque na estrada a gente sobrevive, come umas porcarias no camarim e está tudo bem. Mas, em casa, era na base do atum enlatado.”
Fonte: G1
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