Como noticiado anteriormente, o baterista do Metallica participou de uma sessão online de perguntas feitas por fãs no Reddit na noite de ontem, 30 de Janeiro. Confira os principais trechos traduzidos abaixo.
Pergunta: Lars, os resultados do Metallica By Request parecem bem... Não me entenda mal, chatos. A maioria das setlists votadas são parecidas e tem as músicas que vocês usualmente tocam de qualquer forma. Há várias músicas raras que ficaram de fora. Você vai mudar um pouco as setlists, para ficar mais divertido ou vão tocar apenas as músicas que os fãs escolheram?
Ulrich: Obviamente nós vamos tocar o que os fãs estão escolhendo. Esse era o ponto disso tudo. Músicas raras não ficaram de fora do nosso lado. Nós estamos tão motivados a tocá-las quanto alguns de vocês estão em ouví-las. Mas neste caso, se vocês, os fãs, votam em certas músicas que nós usualmente já tocamos, então que assim seja.
Pergunta: Eu estava pensando sobre a iniciativa do Metallica By Request, eu amei votar então eu gostaria de saber, se você pudesse escolher apenas uma música para tocar, qual seria? Eu acho que escolheria Fixxxer. E finalmente, agora que vocês tem os direitos de suas próprias músicas, consideram remasterizar alguns dos álguns antigos?
Ulrich: Se eu pudesse escolher apenas uma música, eu provavelmente escolheria a "The Frayed Ends of Sanity". E sim, estamos considerando remasterizar alguns de nossos discos antigos.
Pergunta: Há muito material do Load, Reload e St. Anger que não foi tocado pela banda (pelo menos em shows recentes). Você acha que há alguma música dessa época que não recebeu a devida atenção?
Ulrich: Eu acho que reinterpretação é um elemento bem interessante de nosso catálogo. Eu não acho que precisa ser presa a uma versão em particular de uma música. Eu sempre achei que seria interessante reinterpretar o St. Anger em uma situação ao vivo contemporânea. Nós também começamos a tocar "Carpe Diem Baby" ao vivo ano passado, o que foi divertido, então há vários materiais não tocados dessa era. Há várias dessas músicas que poderiam funcionar de novo ao vivo. Não necessariamente precisa ser em estádios, poderia ser em shows menores.
Pergunta: Quando os fãs criticam o Metallica de todas as formas possíveis, você pensa "oh, talvez eles tenham razão" ou "é, eles não entenderam, siga em frente"?
Ulrich: Depende de qual for a crítica. Tem uma grande variedade de críticas jogadas em você atualmente, pois a internet dá a todos uma opinião, por bem ou por mal. E algumas pessoas jogam merda por qualquer razão, o que eu não dou muita atenção. Eu também sou bem casca-grossa por natureza e na verdade tenho a habilidade de achar tudo isso meio bobo e rir na maioria das vezes. Mas se alguém tiver uma crítica construtiva, eu certamente presto atenção.
Pergunta: Meus amigos ainda mencionam a coisa do Napster quando eu falo sobre o Metallica. Algum arrependimento nisso ou você acha que isso teve algum efeito positivo ou negativo nas vendas, na banda ou na música digital?
Ulrich: "De jeito nenhum ele vai tocar nessa questão"... Oh, aqui vamos nós... Alguns pensamentos: eu gostaria que nós estivessemos melhor preparados para a tempestade que nós nos encontramos. Eu não me arrependo de ir contra o Napster, mas eu acho estranho como a participação disso em nosso legado é grande para tantas pessoas, pois para mim é mais como uma nota de rodapé. Eu também fico espantado que as pessoas acham que era por causa do dinheiro. As pessoas usavam a palavra "ganância" o tempo todo, o que é bizarro. A coisa toda tinha a ver com uma coisa e apenas uma coisa - controle. Não sobre a internet, não sobre o dinheiro, não sobre compartilhamento de arquivo, não sobre dar coisas de graça ou não, mas sobre de quem era essa escolha. Se eu quero dar minhas coisas de graça, eu vou dar de graça. Essa escolha foi tirada de mim.
Pergunta: Vocês já começaram a trabalhar no novo álbum? Se sim, como está indo?
Ulrich: Sim, nós começamos. Está indo devagar, como tudo em nosso mundo. Mas as jams que fizemos até agora tem sido bem animadoras e será bem divertido fazer esse disco no próximo ano.
Pergunta: O que você pode nos falar sobre o novo álbum, da perspectiva de composição? De onde você e a banda está buscando influências, e qual é o processo de composição? Vocês tem um som definido ou sentem que está buscando isso, ou vocês estão só tocando e vendo onde isso os leva?
Ulrich: Principalmente tocando e vendo onde isso nos leva. Como eu disse, o Death Magnetic é um ponto de referência óbvio. Buscando bons riffs, boas energia, progressões interessantes, com uma sensibilidade melódica.
Pergunta: O que você acha do estado do heavy metal hoje? Você acha que nós veremos outra grande banda de metal como Metallica, Iron Maiden, Judas Priest? Você acha que o metal vai ressurgir algum dia dos dias de glória dos anos 80?
Ulrich: Essa é uma ótima questão. Eu acho que seria incrível se tivesse uma banda que chegasse e sacudisse tudo de novo. Eu não sei quem. Eu acho que a banda mais legal nos últimos anos é o Baroness. Eu também amo a banda norueguesa Kvelertak. Mas eu não sei se alguma dessas bandas podem ir até esse nível, infelizmente.
Pergunta: Os membros do Metallica olham fóruns, mídias sociais e a internet? Por exemplo, o twitter do Metallica, ele é mantido por um membro ou é por alguma outra pessoa?
Ulrich: É mantido pelo cara que está a 30cm de mim agora. Eu estou cada vez menos interessado em conferir as coisas, consome muito tempo.
Pergunta: Quem puxou seu cabelo pra trás da sua cabeça?
Ulrich: Minha mãe e meu pai e meu DNA.
Pergunta: Cerveja favorita?
Ulrich: Tuborg ou Carlsberg.
Pergunta: Lars, qual era o significado daquele bicho de pelúcia que você costumava ter na sua bateria antigamente?
Ulrich: Flemming, meu roadie de bateria, colocou lá um dia. E ficou lá até que um dia ele o tirou.
Pergunta: Lars, depois de todos esses anos, você como se sente em relação ao Dave Mustaine?
Ulrich: Isso não mudou. Eu o respeito como músico e eu sempre o amei como irmão e como parte do Metallica.
Pergunta: Qual sua música favorita do Megadeth?
Ulrich: "My Last Words"
A sessão completa de perguntas pode ser conferida, em inglês, clicando aqui.
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31 de Janeiro de 2014
