
Em uma nova entrevista para a Rolling Stone, o baterista do Metallica, Lars Ulrich, falou sobre o processo de composição do mais recente álbum da banda, "Hardwired... To Self-Destruct", lançado nesta última sexta-feira, 18 de Novembro. Disse ele: "No 'Death Magnetic' [de 2008], nós passamos bastante tempo, muitas horas e reuniões, discutindo a direção. [O produtor do 'Death Magnetic'] Rick [Rubin] é bastante favorável a reuniões e conversas. Foi realmente bom para gente nos sentarmos e fazer uma avaliação de quem éramos, o que pensávamos sobre nós e onde estivemos e onde queríamos ir. Nós lutamos bastante ao longo dos anos tentando encontrar o balanço certo entre o futuro e o passado. Houveram tempos onde nós especificamente demos as costas para o passado, por conta do medo da repetição ou de percorrer novamente um mesmo terreno."
"Quando pegamos o 'Hardwired' dois anos atrás, não houveram conversas. Eu passei o verão vasculhando este iPod [de riffs] da melhor forma possível. Então me sentei com James [Hetfield, guitarra/vocal] e disse, há tipo 30 ou 40 idéias neste iPod, de 1500, que eu acho que podem ser as bases das músicas. Então começamos a passar por elas. Ao contrário do 'Death Magnetic', nós só começamos a fazer jams e tocar. Foi quase como se estivéssemos continuando de onde paramos no 'Death Magnetic'. O que foi diferente, como na 'Spit Out The Bone', é que começamos a cortá-la e deixá-la mais enxuta, mais concisa. Rick nos encorajou a ir além e faze-lo mais longo e louco e mais ridículo."
Ulrich também chamou o "Hardwired... To Self-Destruct" possivelmente "o disco mais coerente que já fizemos", explicando: "Com o 'Death Magnetic', tínhamos 14 músicas, e sentimos que havia uma linha clara dividindo as dez primeiras e as últimas quatro. Então, 11, 12, 13 e 14 não eram dignas de estarem em companhia das 10 primeiras, então guardamos e as compartilhamos alguns anos depois [no EP 'Beyond Magnetic']. O que sentimos com este material é que a coerência do começo ao fim era diferente de qualquer conjunto de músicas que podíamos lembrar. Até com a 'Lords of Summer' como número 13, em certo momento nós pensamos em colocá-la com as primeiras 12, e então sentimos que a coerência era tão alta que queríamos compartilhar todas elas. Eu amo a coerência deste disco. É tão alta, pelo menos para nós. Obviamente ninguém vai se sentar lá e pensar que a música nove do 'Load' é tão boa quanto a um, dois ou três ou a música 10 do Black Album. Eu acho que este disco é profundo, e eu acho que há uma coerência que vai além do usual para nós, então estou bem animado com isso."
Fonte (em inglês): Blabbermouth.net
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