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Lars rebate críticas sobre o som da bateria de St. Anger

   01 de Maio de 2004     tags: ulrich, st. anger, entrevista      Comentários

Lars Ulrich disse recentemente a revista Rhythm, do Reino Unido, sobre as origens do som um tanto peculiar da bateria obtido no mais recente álbum da banda, "St. Anger"."O famoso som da bateria que todos estão falando," disse ele. "Um dia, eu esqueci de afinar a caixa pois não estava pensando nessas coisas. Na hora de ouvir o que havia gravado, eu decidi que estava realmente gostando daquilo que ouvia - tinha um jeito diferente. Aquilo soou para mim de maneira bonita. Parecia totalmente natural. As opiniões contrárias vieram quando algumas pessoas ouviram o álbum e disseram, 'Sabe, caixas de heavy metal não devem soar assim.' Bem, eu acho que pulei o capítulo 3 do Livro de Regras do Heavy Metal [risos]. É doido, esse tipo de mentalidade fechada."

Ulrich disse também sobre o fato da bateria parecer ser o centro das músicas em "St. Anger", o que não foi o caso dos últimos álbuns da banda.

"Tudo que a gente faz é uma reação àquilo que fizemos antes," disse ele. "Nos últimos álbums, a bateria ficava basicamente no fundo, se mantendo simples e dando base para os riffs de guitarra. A maior parte das críticas ao 'St. Anger' veio do fato da bateria ser o catalisador, como nos velhos tempos. Hetfield começava então a tocar junto da base de bateria e partíamos disso. As músicas do 'Load', e até do 'Black album', davam mais ênfase aos riffs de guitarra e mantinham a bateria no fundo."

Perguntado se isso estava bom para ele, Ulrich disse, "Ah sim, isso foi o que eu queria fazer. Eu passei por todas essas fases e algumas vezes ficava meio enjoado de baterias e de tocar bateria como um todo. Existem momentos que eu quero ficar mais ao fundo, musicalmente falando. Outras vezes, eu quero que a bateria apareça mais no Metallica."

"Neste último álbum, apesar da bateria estar bem destacada, não há tantas viradas. Eu enjoei de fazer viradas na bateria. Eu cheguei a conclusão de que eu não tinha mais nenhuma virada animadora para tocar, então é melhor eu não tocar nenhuma. Então eu passo por esses ciclos e tenho prioridades diferentes."

Sobre o fato dele se sentir ou não orgulhoso do Metallica ter experimentado musicalmente durante os anos apesar das duras críticas dos fãs mais hardcores, Lars disse, "Lógico que sinto. Eu me sinto totalmente orgulhoso de sempre termos feito aquilo que queríamos. Mas recebemos críticas por algo que não somos. A gente não tem vários encontros fechados para decidirmos o que tocaremos. Musicalmente, tudo que fizemos foi puro, espontâneo, e até inocente de certa forma. Ainda assim, fomos desrespeitados por isso algumas vezes."

"Mas eu tenho 40 anos agora, então está tudo bem para mim se as pessoas nem sempre entendem isso. Nós fizemos coisas que foram sucessos muitas vezes, criativamente falando. É irritante que as pessoas não aceitem a gravação quando a foto atrás do álbum não é algo ao qual elas se possam ligar. Eu estou há 23 anos nesta carreira e estou mais em paz com isso. Existem cinco milhões de fãs que compraram 'St. Anger' e milhares de pessoas que apareceram em nossos shows. Aparentemente ainda existem bem mais pessoas interessadas naquilo que a gente faz do que aquelas que nos criticam. Eu disse muito lixo durante os anos e muitas vezes fui uma estrela de rock arrogante - e o mesmo com todos dessa banda, apropósito. Mas tentamos acertar e voltar a terra. Tem sido uma longa jornada, com vários altos e baixos. O fato de não ter sido uma experiência direta e linear é algo excelente. Ultimamente, aquilo que as pessoas respondem sobre esta banda é que nós nos entregamos de alma e coração àquilo que fazemos com grande nível de emoção. Isso gera algo nas pessoas, tanto bom quanto ruim."

Agradecimentos: Unnamed Feeling
fonte (em inglês): Blabbermouth.net


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