Timothy Finn do The Kansas City Star entrevistou recentemente o baterista do Metallica, Lars Ulrich. Confira abaixo alguns trechos da conversa.
The Kansas City Star: O que o "Death Magnetic" te faz lembrar?
Ulrich: Ele me lembra um disco do Metallica. Eu tenho a tendência quando penso em discos do Metallica de pensar como retratos de quando o disco foi feito. Então quando eu penso no "Master of Puppets", eu tenho a tendência de pensar em onde nós estávamos quando estávamos compondo-o. Eu sei que isso soa chato, mas eu não tenho nenhuma idéia super exótica.
The Kansas City Star: O que você pensa do disco, então? Qual é sua reação a ele?
Ulrich: Quando você está fazendo um disco, ou nós acabamos de termina-lo, eu aprendi que você pode se exaltar tanto no processo em si que o que tiver sido feito, soa como ouro. Para lhe dar a resposta mais neutra possível, você tem que sair dele por um tempo para que você possa julgá-lo. Quando eu o ouvi no carro há duas semanas pela primeira vez desde que nós o terminamos, eu achei que ele soou bem humano. Soou como um bando de caras tocando música juntos ao invés de um disco do tipo pré-fabricado, esterilizado e que suga toda a sua vida.
The Kansas City Star: Era essa a intenção?
Ulrich: Quando nós nos encontramos com o [produtor] Rick [Rubin] alguns anos atrás, ele disse que queria realmente fazer um disco que capturasse a energia que nós produzimos quando tocamos juntos. Ele sentiu como se nunca tivéssemos capturado isso antes. Quando eu ouço este disco, ele soa como esse tipo de energia, esse tipo de coisa direta, na cara. Soa como se tivesse muita atitude e dinâmica e energia; e soa como um bando de gente que está vivo no planeta Terra e tocando músicas juntos e se divertindo fazendo isso. E também fez com que eu chegasse um pouco mais rápido no lugar onde estava indo - no carro. Então isso é sempre bom. Se você estiver atrasado, coloque o disco do Metallica. Você chegará mais rápido. Eu conheço Rick há muito tempo. Eu o conheço há mais tempo do que eu conheço Bob [Rock, antigo produtor do Metallica]. Ele sempre foi um bom amigo, e eu sempre imaginei como seria trabalhar com ele. Foi ótimo. Nós precisávamos ter uma mudança, e nós fizemos uma mudança. Nós meio que deixamos Rick guiar o navio; eu e James [Hetfield] especialmente tentamos ficar de fora e deixar Rick tomar todas as decisões gerais. Rick é bem diferente do Bob. Ele tem um jeito diferente de fazer as coisas. Rick não é um músico; ele não é um cara "técnico". Ele é o tipo de cara que fica no sofá e ouve as músicas com seus olhos fechados e diz, "por que nós não tentamos isto ou aquilo?". É um negócio diferente. Ele não senta lá e diz, "dobre o último refrão" ou "vai para F# ao invés de G". Ele é mais "visão geral". Ele diz coisas como, "vocês não estão tocando juntos. Toquem juntos. Ouçam uns aos outros enquanto tocam". Esse é o tipo de comentário que você recebe, mais do que, "toque notas diferentes no solo de guitarra". Ele não é específico assim. Ele tem um jeito diferente de ver as coisas do que qualquer outro com quem nós trabalhamos. É bem, como você disse, intuitivo. Parece que há um elemento de - e eu digo de maneira positiva - um elemento de caos. Eu não acho que ele realmente sabe o que virá na próxima semana.
A entrevista completa pode ser lida, em inglês, clicando aqui
Fonte (em inglês): Blabbermouth.net
|