O baterista do Metallica, Lars Ulrich, foi entrevistado em um recente episódio do programa "Skavlan". Assista a conversa abaixo.
Perguntado como ele ainda aguenta seus colegas de banda depois de estar 35 anos no Metallica, Ulrich disse: "A pior parte, na verdade, foi, eu acho, cerca de quinza anos atrás naquele filme ['Some Kind of Monster'], as coisas que foram documentadas. Depois dos primeiros vinte anos, haviam alguns obstáculos na estrada, e nós percebemos que nós nunca falamos realmente uns com os outros; nós nunca falamos sobre como nos sentíamos sobre o que estava rolando. Nós estávamos tão ocupados e as coisas estavam se movendo tão rapidamente que nós nunca diminuimos o suficiente para verificar como todo mundo estava."
Ele continuou: "Então nosso baixista, Jason [Newsted], saiu, e essa foi a primeira peça do dominó de muitas coisas estranhas que aconteceram. E por cerca de dois anos, foi meio incerto e nós passávamos por alguns problemas. Mas o outro lado disso, desde 2003, tem estado bem. Nós tivemos um pouco de ajuda. Havia um cavalheiro chamado Phil que chegou, eu acho que você pode chamá-lo de psiquiatra ou um mobilizador de time, tanto faz. Ele veio e nós conversamos uns com os outros e com ele por cerca de dois anos, enquanto ainda estávamos trabalhando e fazendo progresso. E isso nos ajudou muito. E desde então, faz dez, doze anos agora, estamos bem. Nós falamos uns com os outros, somos civilizados, nós entendemos os limites dos outros. E nós aprendemos... Só demorou vinte, trinta anos, mas nós aprendemos a ouvir uns aos outros. A palavra 'empatia' não estava no vocabulários nas primeiras décadas, mas agora tem grande importância naquilo que lidamos, e apenas ouvir uns aos outros e tentar entender o ponto de vista do outro. E eu também acho que há mais confiança agora uns nos outros. Nós percebemos que realmente precisávamos uns dos outros. O Metallica é melhor como um coletivo do que como um bando de caras autônomos e de mente fechada."