Na última noite da massiva turnê do "Death Magnetic" do Metallica, em Dezembro de 2010 em Melbourne, Austrália, Marcus Teague do The Vine realizou uma entrevista com o baterista do Metallica, Lars Ulrich, exclusivamente para a revista oficial do fã-clube do grupo, a So What!. Alguns trechos que não entraram na revista podem ser conferidos abaixo.
The Vine: É o final de dois anos e meio de turnê do "Death Magnetic". Você aprendeu com isto?
Lars: Eu tenho certeza que aprenderei. [Assim que terminarmos a turnê] eu tenho a tendência de... Primeiro, eu sou prático e então depois eu fico emocional. Então agora, eu tenho uma lista no meu bolso de coisas para fazer hoje. Sabe, empilhar passes não usados da sala de produção. Lembrar de dar aos caras da equipe seus cheques de bônus. Lembrar de agradecer os fãs hardcores por viajarem. Lembrar de pegar meu nariz e seja lá o que mais. Eu tenho certeza que no avião de volta hoje de noite ou nos próximos dias... Sempre fica um pouco mais irreal. Tipo, uma semana depois, quando você chega em casa e é tipo, "Uau. Eu não vou sair por aí por um tempo. Eu não vou voltar ao palco. Da próxima vez que formos fazer algo será [para o próximo disco]". Então eu penso seriamente, olhando os últimos anos, foi uma experiência bem positiva.
The Vine: Tocar as músicas do "Death Magnetic" junto das músicas de seu catálogo antigo o fez entender o disco de maneira diferente?
Lars: Eu diria que a coisa principal que os últimos dois anos fez para o "Death Magnetic" é me fazer aprecia-lo ainda mais. E isto está vindo do cara que nem sempre tem um bom relacionamento com [nossos] discos depois de feitos. Houveram muitos questionamentos, muitas sobrancelhas erguidas, muitos "o que nós estávamos pensando?". E isto algumas vezes aconteceu muito rápido. Cada disco sempre foi bem compulsivo, momentâneo, algo meio instintivo. Uma coisa bem pura. Mas com isto, três ou seis meses depois, sempre é... Você se senta lá e vai, "o que diabos estávamos pensando?". Mas com o "Death Magnetic", que nós terminamos cerca de dois anos e meio atrás, eu posso definitivamente contar para você que nós nunca tivemos um disco que foi apreciado pelos lembros da banda - pelo menos falando de mim - por tanto tempo quando o "Death Magnetic". Eu ouvia três ou quatro músicas no carro enquanto estava em casa na última pausa [da turnê]; ele ainda soava espetacular. Eu estava ouvindo uma das músicas mais cedo só para conferir algo que nós precisamos tocar esta noite, e ainda soa ótimo. Dois anos e meio depois. É incrível. Então eu posso dizer absolutamente que não há disco do Metallica que se manteve em luz positiva tanto quando o "Death Magnetic". O que é algo bom. Isto também me deixa um pouco apreensivo. Enquanto estamos sentados aqui, pensando no próximo disco. [risos]
The Vine: James [Hetfield] disse para mim que ele tem 800 e poucos novos riffs em seu iTunes.
lars: Veremos como isto se sai. Eu estou ansioso para voltar e criar, eu estou ansioso para voltar e tocar. Eu estou ansioso para voltar a esse lado de novo. Nós começamos a trabalhar no "Death Magnetic" há cinco anos neste mês. E nós passamos muito tempo e colocamos muito esforço neste disco, e certamente valeu a pena. Mas eu não posso garantir que possamos ir além dele - eu busco ultrapassa-lo. Eu espero conseguir - mas é um puta disco. Então vamos ver o que rola.
The Vine: Deve ser encorajador no sentido de que, discutivelmente, este disco estava celebrando sua história. E foi tão bem recebido, comparavelmente.
Lars: Oh, sim. A melhor coisa destas músicas, ao vivo, é como elas se encaixam com as coisas antigas sem esforço.
The Vine: Há crianças que estão pegando primeiro o "Death Magnetic". E depois voltando.
Lars: Claro, funcionou muito bem. Eu nunca esperava que funcionasse tão bem assim. Eu acho que sempre houve - algumas vezes - uma relutância elitista de aceitar os novos discos por alguns fãs. Porque se você aceitar os novos discos de alguma forma, é [algumas vezes entendido] como um desrespeito as coisas antigas. O que eu nunca fui capaz de entender. Mas este disco foi realmente aceito pelos fãs, é provavelmente o mais aceito abertamente pelos fãs desde os quatro primeiros.
A entrevista pode ser conferida, em inglês, clicando aqui.
Fonte (em inglês): Blabbermouth.net
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