O baterista do Metallica, Lars Ulrich, falou com Eddie Trunk do programa "Friday Night Rocks" da rádio de Nova Iorque, Q104.3FM, na sexta-feira, dia 2 de Março, sobre o próximo álbum de estúdio e seus planos futuros de turnê. Uma transcrição parcial se encontra abaixo:
Q: Então, muitas pessoas querem novidades e estão ansiosas para ouvir novas músicas do Metallica. O que você pode nos falar sobre o que está rolando no estúdio?
Lars: Bem, nós estamos acabando a pré-produção neste momento e devemos começar a gravar na segunda. Então nós tiramos outra semana de pré-produção semana que vem e então as fitas devem começar a rolar pra valer na segunda, 12 de Março, que é o dia D, como diz o meu calendário lá em cima. Nós estamos bem psicóticos com isso. Já estamos há cerca de um ano compondo e juntando idéias e a coisa toda - passando por riffs de uns dois anos e todas essas coisas. Nós começamos há seis meses com cerca de 25 músicas e agora nós estreitamos para 14, e nós vamos começar a gravar essas 14 músicas na próxima segunda.
Q: Todos sabem exatamente o que aconteceu na gravação do último álbum, porque, claro, foi documentado em um filme. Então, desta vez, eu imagino que as coisas tenham sido bem diferentes de como foram no "Some Kind of Monster", certo?
Lars: É muito, muito... Quero dizer, é o contrário daquilo... É bem tranquilo e não há o povo da filmagem ou psiquiatras ou qualquer coisa desse tipo - são quatro caras em uma banda de rock, saindo, se divertindo, fazendo música e fazendo suas coisas. É bem tranquilo. Não há dramas ou coisas do tipo. [Risos] Eu acho que muita gente estaria na verdade... Eu não sei se eles se desapontariam, mas eles provavelmente achariam isso muito inesperado. [Risos] É só a gente fazendo nossas coisas e depois dessas porcarias que nós passamos em 2001 e 2003 e tudo que você falava no filme, isso tudo ficou tranquilo. Todo mundo está meio que se dando bem e se divertindo. O espírito lembra muito o passado. Como eu disse, quando as pessoas perguntavam pra mim sobre o novo álbum nos últimos meses, "St. Anger", eu acho cada vez mais quando olho para trás que aquilo foi um experimento isolado, sobre tentar escrever e gravar e fazer tudo isso no estúdio, meio que no momento, não trazendo idéias e meio que se livrando de tudo que nós fizemos nos 20 anos anteriores. E este disco, é mais como nós costumávamos fazer, meio que se juntando, passando pelas idéias, escrevendo músicas juntos, fazer demos, fazer a pré-produção. A coisa do Rick [Rubin, produtor] é fazer com que todas essas músicas estejam completamente fundidas em nossos corpos e basicamente na próxima segunda, no dia D, só entrar e tocar - basicamente, só tocar ao invés de... Então você deixa o elemento criativo do processo fora da gravação, você só entra e basicamente só grava um monte de músicas que você já sabe de cabeça e não tem que gastar muita da sua energia no estúdio de gravação criando e pensando e analisando e coisas assim. A analogia toda dele é, o processo de gravação se torna mais como um show - só entrar e tocar e deixar todo o pensamento na porta.
(...)
Q: E você quer que o álbum saia este ano ou você espera que o álbum saia ano que vem?
Lars: [Risos] Toda vez que nós lançamos um disco, nós sempre pintamos esses cenários perfeito sobre como vai sair e ninguém se estressará e não haverá nenhum prazo e todos estarão calmos e tranquilo e ninguém pegará hérnia ou úlceras no estômago ou qualquer coisa, mas parece que isso nunca funciona realmente dessa forma. Nós obviamente queremos lançar o álbum quanto antes depois que terminarmos de gravar, para compartilharmos com todo mundo, mas ao mesmo tempo, estes dias, com o que está rolando na indústria musical e todas as recusas e essas porcarias, os managers estão sentados lá, latindo em nossos ouvindos, "nós precisamos de mais tempo pra ajustar? Nós precisa disso..." Eu gostaria de tentar e lançar neste ano, eu espero que a gente consiga lançar neste ano. Se não sair neste ano, então sairá no começo do ano que vem. Quero dizer, o prazo máximo é que sairá uns dois meses depois que tudo estiver pronto e todos estarão, espero, felizes.
A conversa em sua quase totalidade pode ser lida no Blabbermouth, em inglês, clicando aqui.
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