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Hammett relembra Gary Moore

   10 de Fevereiro de 2011     tags: hammett, gary moore      Comentários

Dias depois da notícia de que o lendário guitarrista Garry Moore morreu, Kirk Hammett, do Metallica, ligou de sua casa no Havaí para a RollingStone.com para falar sobre seu ídolo da guitarra. Confira suas lembranças abaixo.

"Gary Moore está definitivamente no meu top 5 de influências na guitarra, junto de Jimi Hendrix, Eddie Van Halen, Stevie Ray Vaughan e Michael Schenker. Sua influência é forte ao ponto de que o lick de abertura do solo de guitarra de 'Master of Puppets' é uma variação de um lick que Gary Moore tocava muito. Eu me lembro da primeira vez que ouvi seu álbum de blues e ficar simplesmente perplexo - não só pelo modo de tocar, mas pelo som também, seu tom. E eu me lembro de estar tão inspirado que eu escrevi alguns riffs somente baseados em seu som e seu sentimento. E esses riffs acabaram na 'The Unforgiven' do álbum preto."

"Eu ouvi sobre ele pela primeira vez no final dos ano 70. Eu era um grande fã do Thin Lizzy na época. Eu os vi na turnê 'Dangerous' e não muito depois disso, ouvi que havia um novo álbum chamado 'Black Rose'. Eu ouvi 'Waiting For An Alibi' em uma estação de rádio de faculdade e fiquei maravilhado pois eu instantaneamente sabia que eles tinham um guitarrista diferente. Aquilo não era Brian Robertson tocando ou Scott Gorham tocando aquele solo de guitarra. Era... Alguma outra coisa. Eu fui a loja de discos e ao pegar o 'Black Rose', olhei para a capa, virei e vi um guitarrista chamado Gary Moore."

"Ele me deixou perplexo desde a primeira vez que eu o ouvi. Era como Jimi Hendrix ou Stevie Ray Vaughan. Ele tinha esse som bem distinto e um modo bem distinto de tocar guitarra. Logo depois disso, ele lançou o álbum G-Force, que é uma banda de rock pesado. Havia esta faixa instrumental no álbum que me detonou, e nesse momento eu tomei a decisão consciente de torná-lo parte de minhas ouvidas regulares."

"Gary também foi uma grande influência para mim, visualmente. Toda vez que eu via uma foto dele e ele estava tocando um solo, a expressão em sua face mostrava que ele estava sentindo-o profundamente. Eu me lembro de ver uma foto dele no palco com Thin Lizzy em um solo de guitarra, obviamente, com ele curvado para trás. Ele estava tocando a Gibson Les Paul dourada, e ele estava puxando pra caramba esta corda e ele tinha essa expressão em sua cara. Eu só pensei, 'Uau'. Quero dizer, este deve ter sido um momento realmente intenso, pois parecia tão rock and roll, e tão legal e tão guitarrista solo."

"Seu som não era processado demais. Era bem, bem básico. Era basicamente uma guitarra, um amplificador, uma caixa de fusíveis e suas mãos. Eu me lembro de vê-lo em Copenhagen em 1984 ou 1985. Estávamos gravando o Master of Puppets. Ele estava tocando uma Strat, que é conhecida por um som limpo, não muito encorpado. Mas o som que ele estava tirando da Strat era tão encorpado e tão cheio e simplesmente tão cru. Isto foi antes de ter todos esses processadores de guitarra que poderiam fazer o pior som de guitarra soar como uma guitarra cara, então eu meio que deduzi que a maior parte do som estava em suas mãos."

"A técnica de Gary era muito moderna, mas seu estilo de guitarra era bem baseado em blues. Seu jeito de tocar era bem, bem baseado em blues. Ele tocava notas longas, prolongadas, juntas de notas palhetadas super rápidas, e ele tinha um ótimo estilo de legato. Seu modo englobava tudo que eu estava tentando fazer. Eu passei muito tempo ouvindo Gary Moore depois dos shows, voltando ao meu quarto de hotel e colocando álbuns do Gary Moore ou assistindo vídeos do Gary Moore."

"A razão do porque ele não ser mais popular aqui nos EUA está além de mim, pois ele era incrível. Ele era colega do George Harrison, colega de Albert King e colega de B.B. King. Ele era simplesmente um guitarrista espetacular, e podia sair com quase qualquer um. Digamos, por exemplo, que ele estivesse no Whitesnake. Eu tenho certeza que ele teria tido bem mais reconhecimento do que teve."

"Eu o encontrei pela primeira vez há um ano e meio. Eu estava em um quarto de hotel na Alemanha e estava indo a academia. Eu entrei no elevador no quinto andar e o elevador parou no quarto andar, e entra o Gary Moore. Eu simplesmente não podia acreditar. Eu me apresentei e tive a chance de falar para ele quanta influência ele teve em mim. Eu estava um pouco intimidado pois tinha ouvido que ele estava bem bravo com um guitarrista contemporâneo por o ter copiado. Ele não poderia ter sido mais gracioso comigo, no entanto, e em retrospectiva, estou feliz que tive esta oportunidade."

Fonte (em inglês): RollingStone.com


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