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Joe Berlinger fala sobre sua experiência com o Metallica

   01 de Outubro de 2009     tags: skom, entrevista, berlinger      Comentários

MotherJones.com entrevistou recentemente o cineasta Joe Berlinger, mais conhecido por "Paradise Lost", um filme sobre o caso dos West Memphis Three - um trio de adolescentes de Arkansas condenados pelo assassinato de três crianças de oito anos baseado em leves evidências de satanismo - e "Metallica: Some Kind of Monster", o documentário de 2004 sobre terapia em grupo para estrelas do rock. Um trecho da conversa pode ser conferido abaixo.

MOtherJones.com: Damien Echols [um dos West Memphis Three] disse que a "Welcome Home (Sanitarium)" do Metallica é sua música favorita. Isto fez a conexão com a banda que levou ao "Some Kind of Monster"?

Joe Berlinger: Uma das grande ironias da minha carreira é que as pessoas me imaginam como algum tipo de cara viciado em metal por causa do filme do Metallica. Mas a razão de termos encontrado o Metallica foi porque suas letras foram apresentadas no julgamento. Na época, eu mal sabia quem era o Metallica. Tudo que eu sabia era que a música deles estava no julgamento assim como Damien, e é um absurdo neste país que seu gosto musical defina para um promotor de justiça que você deve ser um assassino. Então eu cheguei no Metallica. Nós acabamos errando o alvo. Eles nos deram a música para nada. Isso levou a um relacionamento, que levou ao filme.

MotherJones.com: Você se beneficiou da terapia em grupo pelo qual o Metallica passou?

Joe Berlinger: Na verdade sim. Depois de "Paradise Lost 2", eu fui e fiz o desastre da minha carreira, a sequência de "A Bruxa de Blair". Não foi um desastre pequeno; foi em nível mundial. O estúdio o remontou e não trouxe nenhuma lembrança do filme que eu pensei que estávamos fazendo. Isso me colocou em um profunda depressão pois foi um desastre total. Então eu liguei para o [baterista do Metallica] Lars Ulrich e disse, "você quer fazer um filme agora?". Eu fui para São Francisco, comecei a gravar, e em uma semana, a banda estava se desmanchando. Lars olhou para mim e disse, "quer saber, eu não tenho certeza, eles estão trazendo esse terapeuta". Eu disse, "Lars, esse é o filme". Eu me senti tão grato por estar lá e ouvir isso pois eu senti tipo, "olhe, aqui estão pessoas com um sucesso incrível que estão passando por suas próprias crises existenciais e de criatividade, como eu". Eu não sabia qual era meu próximo passo, eu senti como se tivesse fodido minha carreira, eu estava completando 40 anos, assim como esses caras. Foi simplesmente uma experiência animadora, inspiradora de testemunhar esses caras passando por isso na hora em que eu realmente precisava ouvir algumas dessas coisas.

Então o filme do Metallica foi como essa incrível experiência de vida onde eu aprendi o máximo com esses caras que, estereotipicamente, você acharia que não poderia te oferecer muito. Isso que eu amo no filme: ele explode seu estereotipo deles - eles não são só um bando de cabeças de vento batendo cabeça.

A entrevista completa, em inglês, pode ser vista clicando aqui.

Fonte (em inglês): Blabbermouth.net


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