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Bob Rock sobre o Metallica: "Eu não tenho nada além de ótimas coisas a dizer sobre eles"

   16 de Julho de 2007     tags: bob rock, entrevista, st. anger      Comentários

O site Bravewords.com publicou uma entrevista com Bob Rock em que, entre outras coisas, ele comenta sobre o Metallica e o álbum "St. Anger", último disco que ele produziu para a banda e que marcou o fim de uma parceria de cerca de quinze anos. Seguem alguns trechos:

Q: Como foi trabalhar com o Metallica e você pode comentar sobre o álbum "St. Anger"?

Bob Rock: "Foram os melhores e mais felizes quinze anos e algumas coisas mais. É o extremo das emoções com esses caras. Quinze anos de minha vida é muito tempo e foi fantástico. Foi o melhor que alguém poderia querer. Quanto ao 'St. Anger', há muitas controvérsias."

Q: Uma grande controvérsia foi o som da bateria...

BR: "Bem... Sim. Mas na verdade, se você realmente pensar sobre isso - foi o fato de não ter nenhuma música de verdade. Isto aconteceu porque o cara que escreve as músicas não podia escrevê-las devido ao seu momento pessoal. Então, o que 'St. Anger' se tornou foi o que a banda podia fazer naquele momento e foi exatamente isso. Foram riffs juntados... O modo como eu vejo isso é energia crua ou uma banda de garagem. Eram só riffs... Foi uma banda de garagem e era para soar assim e o que eu aprendi disso foi que as pessoas no metal não querem que isso mude. Então, é melhor que Rick Rubin continue o negócio do metal e não Bob."

Q: Também foi criticado por não ter solos de guitarra...

BR: "Todo mundo tem suas teorias, mas a verdade... Você assiste ao filme e pensa que foi um tipo de grande conspiração, mas a verdade é que Kirk teve a chance de fazer um solo em cada uma das músicas. A única coisa que falamos foi 'se o solo não adicionar nada - então não vamos colocá-lo.' Essa é a verdade. Foi como 'Kirk, você tem o tempo que quiser. Venha com algo original e excelente... Que não fique datado'. Eles estavam só tentando alcançar algo novo e basicamente toda vez que ele vinha com um solo, James e Lars (comigo) diziam 'Não, é melhor sem.' E acabou que nada soou ótimo de verdade então, 'ok, não vamos ter solos.' Essa é a verdade e Kirk concordou, mas claro que se olhar no filme... Eles pegaram dois anos e meio e tinham que fazer um filme, então eles pegaram todas essas coisas e meio que fizeram um modo que pudessemos ver, mas não tem nada a ver com como aconteceu."

Q: Filmes só semi-refletem a realidade no melhor dos casos.

BR: "Sim, exatamente. Foi um bom processo de aprendizagem para mim. Quanto mais a gente está ligado a esse tipo de documentários - eles se tornam alguma outra coisa. Não necessariamente a verdade. É um ponto de vista da verdade e a verdade de 'St. Anger' era que a banda estava acabada. Eles estavam acabados."

Q: Só o fato de você ter tocado baixo nisso mostra que eles não eram uma banda. Não eram quatro caras.

BR: "Eles tinham três caras, mas dois deles não conseguiam ficar na mesma sala. Eles tinham todos esses problemas pessoais e nunca queriam estar na mesma sala juntos ou falar um com o outro de novo. Eles se separaram. Por cerca de duas semanas a um mês estava tudo acabado. Tudo que fiz foi por eu ter tocado baixo quando nós fizemos a música do Missão Impossível... Eles diziam 'nós não podemos colocar alguém novo neste momento. Só faça o que você fez no Missão Impossível.' Eu estava lá como um amigo e não como um produtor e se eu cometesse um erro - já era. Eu não fiz o que outros caras fariam, que seria 'me ligue quando vocês tiverem as músicas'. Existem produtores que fazem isso. Eles não querem fazer nada de verdade - eles dizem 'só escreva as músicas e quando elas tiverem boas, eu as gravarei'. Eu não fiz isso - esses caras são meus amigos. Eu amos esses caras. Eles estavam se despedaçando e eu precisava estar com eles. Eu estava lá porque eu era um amigo. Eu fiquei com eles por dois anos e meio de minha vida porque eles precisavam de alguém. Era pra isso que eu estava lá. Nós ficamos juntos e basicamente o que os fãs do Metallica precisam perceber é que o 'St. Anger' é o motivo deles ainda serem uma banda e se eu fui sacrificado para isso, que assim seja. Eu prefiro ter esses caras agora, como seres humanos e eu não trabalhar com eles do que qualquer outra coisa. Eu só desejo a eles a melhor sorte possível. Eles são uma banda gigante e músicos fantásticos. Eu não tenho nada além de coisas excelente a dizer sobre eles."

A entrevista completa pode ser lida, em inglês, clicando aqui.


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