O baterista do Metallica, Lars Ulrich, defendeu mais uma vez o "Lulu", o controverso álbum colaborativo com Lou Reed, dizendo que "não há nada" que ele mudaria sobre a experiência de trabalhar com o finado frontman do The velvet Underground.
"Lulu" polarizou os fãs ao redor do mundo, fazendo com o que o Metallica recebesse algumas das mais duras críticas de sua carreira. O esforço contou com as letras e poesias faladas do ex-frontman do The Velvet Underground, combinadas com a música do Metallica, resultando em um som que soava diferente de tudo que a banda já havia feito.
Menos de cinco anos após o seu lançamento, "Lulu" vendeu apenas cerca de 35 mil cópias nos EUA, segundo a Nielsen SoundScan.
Falando para o "The Eddie Trunk Podcast", Lars disse sobre o "Lulu": "Não há nada que eu mudaria. Digo, a única coisa que mudaria é que eu gostaria que o Lou ainda estivesse por aí. É estranho estar em Nova Iorque e não poder vê-lo. Eu sinto falta dele. Nós ficamos bem próximos... Nós ficamos bem próximos por um ano, e então, quanto mais doente ele ficava, menos próximos éramos. Mas eu não sabia que ele estava doente."
Ele continuou: "Não importa quantas pessoas se sentam lá e encontram um problema com o 'Lulu', eu não mudaria nada nele. E eu ainda duvidaria que a maioria das pessoas, ou pelo menos a maioria dos músicos, ou os tipos mais criativos, se sentassem lá e... Se o Lou Reed te ligasse e pedisse para tocar música com ele, você diria 'não' para isso. E se vocês falassem 'não' para isso, eu questionaria vocês como artista."
Perguntado se trabalhar com Reed no "Lulu" afetou a forma que o Metallica fez seu vindouro novo álbum de estúdio, "Hardwired... To Self-Destruct", Lars disse: "Quando nós fizemos um disco com Lou cinco anos atrás, ficamos espantados como um artista experiente como ele poderia ser tão impulsivo. E estar próximo dele... Nós faríamos um take de algo... Nós criaríamos na hora. Havia essa energia completamente momentânea, impulsiva, 'Foda-se! Acabamos'. É tipo, 'Hein?', e ele diria, 'Isso foi ótimo'. Nós vínhamos da atitude de 'Vamos fazer isso de novo. Vamos melhorar'. E ele era tipo, 'Foda-se! Estou feliz. Isso foi ótimo. Isso foi um momento'. E então eu acho que esse tipo de aceitação do momento foi algo que nós nunca tínhamos experimentado desse jeito. E eu acho que isso definitivamente nos deu uma nova forma de interpretar um processo criativo, ou nos deu uma camada adicional - que alguém pode ser impulsivo e também pode ser feliz meio que percebendo que o que aconteceu naquele minuto foi um elemento bonito para isso que foi apenas parte daquele minuto. Então, claro, pode ser diferente, mas a coisa toda, pode ser melhor? Mas estar com Lou e a forma que ele cantaria de uma vez, ou o que for, e então falaria, 'Ótimo. Estou feliz'. Foi tão legal. Foi tão legal."
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